Relíquias. As do dia-a-dia. Sentidos. Os pulsantes. Luzes. Os excessos das sombras. É quase sempre de verdade, quase nunca por inteiro e, com sorte, com alguma sujeira final pra polir... Intentos. Os desde criança. Açúcares. Os que amarguem no final. Topos. Os de cume desconfortável. Vergonhas cantadas em coretos centrais, pintadas de nu pra parecer espontâneo. Colaborações. As de gosto, por favor!

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Me irrita o desencontro



Sobre isso, tenho a dizer o mesmo que tenho a dizer sobre a estatística de ruivos japoneses com heterocromia da íris.

domingo, fevereiro 17, 2008

Esquizofrenia diagnosticada


Suspeitei desde muito pequena que era melhor que as outras pessoas. E, da suspeita à confirmação, foi um passo. Olhava a todos que se dirigiam a mim, com a bondade de quem esclarece as cabecinhas inférteis e desprovidas do brilhantismo que, em mim, brotava até pelos joelhos ralados.

No Dia das Crianças de 1996, minha professora da 3° série me incumbiu de fazer o cartaz que ilustraria nossa classe.

Claro, nada mais óbvio.

Em casa, com o desenho mimiografado da Emília em mãos depois de horas sem nenhuma idéia genial na cabeça, a conclusão mais óbvia me aparece...

Claro!

Fechei os olhos, levei as mãos à cabeça e roguei àquele que me tinha feito tão perfeita:


"Deus, pára de me atrapalhar!"

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Especiarias e Amor.


No almoço macarrão, calabresa, e quatro gerações de mulheres.
O tempero é caseiro. O condimento que promete adicionar AMOR à refeição não tem vez no paladar da família. Mas, nem por isso, ele deixa de estar presente à mesa.

Uma delas, viúva de jovem. Dois filhos, empregos infinitos e horas de aflição distante do tempo dos dois. Entende por AMOR, o sacrifício, a superação da necessidade.

Outra, mãe de jovem. Do casamento às pressas só sobrou a viagem de ida do Marido e a história pra contar. Hoje, AMOR é a eterna balança entre o quanto ainda vale a pena.

A terceira, gente de jovem. Surpresa e desapontamento iniciais hoje, são tratados como benção. Ainda recém descobrindo a palavra em questão, AMOR é sobreviver ao sentimento.

A última, tão jovem quanto gente, tão jovem quanto tudo. Não entende: atende por AMOR.