Relíquias. As do dia-a-dia. Sentidos. Os pulsantes. Luzes. Os excessos das sombras. É quase sempre de verdade, quase nunca por inteiro e, com sorte, com alguma sujeira final pra polir... Intentos. Os desde criança. Açúcares. Os que amarguem no final. Topos. Os de cume desconfortável. Vergonhas cantadas em coretos centrais, pintadas de nu pra parecer espontâneo. Colaborações. As de gosto, por favor!

terça-feira, janeiro 29, 2008

El poder


imagem: Raul Pietranera

CONSELHO:

Nunca, nunca, nunquinha, em hipótese nenhuma;
Por apelo natalino da mídia ou ameaças de desocialização;
Por sentimento de culpa ou desencargo de consciência, enfim...

Nunca dê ouvidos às vozes maldosas, perniciosas, ordinárias, nocivas, ruinosas, capciosas, ardilosas, enganosas, astuciosas, engenhosas....
DA SUA CABEÇA!

quinta-feira, janeiro 17, 2008

Seu eu fosse esse pavão...

"Ai se eu corresse assim
Tantos céus assim
Muita história
Eu tinha prá contar..."



(Só uma coisa: Pavão voa?)

domingo, janeiro 13, 2008

Citações Tristes


Tristeza sem nome faz qualquer um ir e voltar à loucura.

Voltar porque amanhã é segunda-feira e minha loucura não é tão digna que transpasse qualquer urgência ou responsabilidade.

Tristeza que faz roer unha devagarzinho, mastigar o pedacinho que se soltou e cuspir baixo, pertinho de cair no colo.


Citando Forner, Renato: "Alguém tira essa faca do meu peito? "
Foto: Sissy Eiko

quinta-feira, janeiro 10, 2008

Como diria minha vó...


"Férias é coisa de criança!"

terça-feira, janeiro 08, 2008

Status


Bêbado e triste, abraça a garrafa.

Lambe o gargalo, embaça o vidro.

Desce a língua, alcança a mesa.

A madeira não é tão gentil quanto o vidro mas não se importa. Está no chão e a língua está seca. Dói mas o objetivo é o banheiro. Da copa são uns 3 metros.

Lembra de uma vez, pequeno, em Aparecida do Norte com a família.

Vestido de anjo, em roupa feita pela vizinha-quase-surda-mas-amiga-da-família. Roupa quente, tecido barato. Asas de cartolina e celofane, tortas da viagem, da correria com o irmão.

Tudo pra agradecer graça recebida pelo irmão que hoje podia correr. A perna menor havia se recuperado da cirurgia.

Naquele dia viu o homem de transe tão profundo e reza baixa caminhando sobre os joelhos. Não demonstrava sofrer e diziam que o objetivo seria atingido com certeza.


Avistou o bege do vaso sanitário e a cintilância lembrou a garrafa.

Desisitiu. Voltou pra mesa, serviu-se e pensou na perseverança do homem de joelhos. Não a queria.

Estar torpe de vodka barata, de cerveja barata, de cubanitos baratos...

era impagável.


segunda-feira, janeiro 07, 2008

Nós e o Outro.


Estive conversando com Danilo.

Com Priscila também.

Com gente que finjo que conheço.

De gente que penso conhecer.

De maneira que nunca tinha me referido antes.

Discutimos as opiniões longamente.


O que eu acho de verdade, é que você tinha mil motivos pra mandar tudo pro espaço.

Eu acho que a sua casa ainda continuaria em pé mesmo sem você aqui. E que todos fariam grande questão de tê-lo em sua mesa depois de tanto tempo de saudade.

Acredito também que sempre que falássemos de você teríamos a verdadeira sensação de termos visto algo grande acontecer. Com você e claro, com nós, seres orgulhosos.


Por isso, acredito no momento.


Acredito que as viagens diárias tenham te dado tempo pra pensar e sentir o corpo cansado de tantos Km rodados no lugar. Nos mesmos cubículos quadrados.