Relíquias. As do dia-a-dia. Sentidos. Os pulsantes. Luzes. Os excessos das sombras. É quase sempre de verdade, quase nunca por inteiro e, com sorte, com alguma sujeira final pra polir... Intentos. Os desde criança. Açúcares. Os que amarguem no final. Topos. Os de cume desconfortável. Vergonhas cantadas em coretos centrais, pintadas de nu pra parecer espontâneo. Colaborações. As de gosto, por favor!

sexta-feira, março 07, 2008

Pulso.




correr contra a parede chocar contra o muro se abrir em fragmentos suspender em um sangue negro refazer os pedaços repetir a corrida chocar contra o muro desfalecer em devaneios acelerar o coração ciar um outro estado de ser alterar a sensibilidade revelar o que quero brincar de ser ator arrebentar os trinta e dois dentes para a cachoeira do sangue negro lavar o chão da sala de ensaios esfregar esfregar esfregar a identidade no mundo acolher os demônios e santos em uma alma resplandecer nas trevas acusar a autopromoção ajoelhar perante o império desconhecido saudar reis e rainhas sem cetro ouvir os gemidos dos pobres e a aflição dos humildes desatar o nó na garganta experimentar da maçã fechar os olhos em um caixão correr contra a parede chocar contra o muro quebrar a cara golpear o vento fraturar com exposição todos os ossos do corpo cantar que já estou salva e depositar os sonhos em mundo melhor



Z.F.

4 comentários:

Amanda Mantovani disse...

As cicratizes são a dignidade da ferida.

Anônimo disse...

uma canção

Anônimo disse...

Conheço quase nada de Saramago, mas não parece? Digo, esteticamente.

Zé, de sobrenome Forner disse...

O SaRAMAGO...
sempre copiando alguém!!@!